quinta-feira, 15 de abril de 2010

Dos 18

Ontem foi o 18º aniversário de uma prima que me é muito querida e muito próxima.
Lembro-me perfeitamente de a ir visitar à maternidade logo após o nascimento, de pegá-la ao colo e sentir-me crescida, de brincar com ela e abraçá-la constantemente porque parecia uma bonequinha. Lembro-me da adoração (recíproca) que sempre teve pela minha Mãe, sua madrinha, a quem dava carinhosos diminuitivos e por quem gritava de alegria à chegada e chorava na hora da despedida.
Este foi um dia extremamente simbólico e cheio de recordações. Uma data única e marcante, celebrada num grande jantar em casa dela com umas poucas dezenas de familiares. Mas inevitavelmente, para mim a casa estava vazia. E eu cheia...de saudades e lembranças.
No regresso a casa, dei por mim a recordar os meus próprios 18 anos...O que estava a fazer e como era a minha vida. E cheguei à conclusão de que era muito mais feliz do que sabia na altura.
Quando fiz 18 anos, houve ansiedade, incerteza e medo do que me reservaria o futuro. Mas sobretudo houve descoberta: a entrada na faculdade, os primeiros jantares de curso, amizades iniciadas, os primeiros exames e frequências, disparates, paixonetas e bebedeiras. Houve também gargalhadas, muitas tardes de esplanada, sobrinhas a nascer, sobrinhas a caminho, jantares de família lá em casa.
Quando eu tinha 18 anos, havia esperança, expectativa. Não havia doença nem morte, nem responsabilidades por aí além. O mundo era um sítio cheio de possibilidades e a vida era bem mais simples e mais feliz.
Seis anos volvidos, vejo que a minha vida só mudou para pior.
Que saudades dos meus 18 anos (e tuas, tantas).

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